Dilma e equipe |
A
presidente Dilma Rousseff (PT) deu posse nesta segunda-feira (5) a dez novos
ministros em cerimônia no Palácio do Planalto. Três integrantes do primeiro
escalão do governo são novos no cargo, e outros sete mudaram de pasta.
"Recomendo a todos muita dedicação, pois temos um Brasil para governar até
2018", disse Dilma em referência indireta a movimentos que querem sua
saída da Presidência.
"As
reformas que anunciamos e que se iniciam agora terão novos desdobramentos. Por
meio dessas ações, buscamos atender à exigência justa e atual por um Estado
mais eficiente, mais focado e mais capacitado para garantir a parcimônia em
seus gastos", disse a presidente na cerimônia, em discurso de pouco mais
de meia hora.
Dilma
declarou que Comissão Permanente de Reforma do Estado, anunciada por ela na
sexta, será composta pelos ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Jaques
Wagner (Casa Civil) e Joaquim Levy (Fazenda).
Mercadante deixa a Casa Civil e retorna para a Edcação |
A
reforma ministerial, anunciada na última sexta-feira (2), tem o objetivo de
ampliar o apoio ao governo no Congresso para conseguir aprovar as medidas de
ajuste fiscal e barrar a aprovação de um eventual processo de impeachment da
presidente. Nesta semana os parlamentares devem voltar a apreciar os vetos da
presidente à chamada "pauta-bomba" -- projetos de lei que aumentam os
gastos do governo.
Em
crise com a base aliada, Dilma ressaltou que o diálogo "construtivo"
e "constante" será uma atribuição exigida a todos os ministros.
"Dialoguem muito e sempre com parlamentares, prefeitos, governadores,
partidos e movimentos sociais", disse.
A
reforma ampliou o espaço do PMDB, que foi de seis para sete pastas,
contemplando a bancada do partido na Câmara com os ministérios da Saúde e da
Ciência e Tecnologia. Já o PDT ganhou o Ministério das Comunicações, apesar de
ter perdido a pasta do Trabalho -que foi fundida à Previdência Social e será
comandada pelo petista Miguel Rossetto.
Veja
abaixo as mudanças nos ministérios:
Novos
ministros
Marcelo
Castro (PMDB-PI): ministro da Saúde
Celso
Pansera (PMDB-RJ): ministro da Ciência e Tecnologia
André
Figueiredo (PDT-CE): ministro das Comunicações
Ministros
que mudaram de pasta
Jaques
Wagner (PT-BA): assume a Casa Civil (ex-ministro da Defesa)
Aldo
Rebelo (PC do B-SP): assume a Defesa (ex-ministro da Ciência e Tecnologia)
Aloizio
Mercadante (PT-SP): assume a Educação (ex-ministro da Casa Civil)
Ricardo
Berzoini (PT-SP): assume a nova Secretaria de Governo (ex-ministro das
Comunicações)
Helder
Barbalho (PMDB-PA): assume a Secretaria de Portos (ex-ministro da Pesca)
Nilma
Lino Gomes (PT-BA): assume o novo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial
e dos Direitos Humanos (ex-ministra da Igualdade Racial)
Miguel
Rossetto (PT-RS): assume o novo Ministério do Trabalho e Previdência Social
(ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República)
A
reforma reduziu de 39 para 31 o número de pastas com status de ministério. As
pastas do Trabalho e da Previdência Social foram fundidas no Ministério do
Trabalho e da Previdência Social. Já as secretarias de Direitos Humanos,
Promoção da Igualdade Racial e de Políticas para as Mulheres foram unificadas
no Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
Também
foi criada a Secretaria de Governo, a partir da fusão da Secretaria-Geral da
Presidência, Secretaria de Relações Institucionais, Gabinete de Segurança
Institucional e Secretaria da Micro e Pequena Empresa.
O
Ministério da Pesca foi extinto e teve suas atividades incorporadas pelo
Ministério da Agricultura, e a Secretaria de Assuntos Estratégicos foi
incorporada pelo Ministério do Planejamento.
Bronca
e posse de secretários
No
início da sessão, Dilma deu uma bronca no cerimonial do Planalto por ter errado
o nome do ministério de Nilma. "As mulheres vão entender porque estou
insistindo na ordem: é ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e Direitos
Humanos", corrigiu Dilma.
A
presidente também deu posse ao general Marcos Antonio Amaro na chefia da Casa
Militar da Presidência da República, e aos secretários especiais dos
ministérios do Trabalho e Previdência e das Mulheres, Igualdade Racial e
Direitos Humanos.
O
ex-ministro Carlos Gabas (Previdência) assumiu a secretaria especial da
Previdência Social no Ministério do Trabalho e Previdência, e o assessor da
presidência José Lopez Feijoó assumiu a secretaria especial do Trabalho, na
mesma pasta.
Já
a ex-ministra Eleonora Menicucci, da extinta Secretaria de Política para as
Mulheres, foi empossada secretária especial de Mulheres do novo Ministério das
Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Ronaldo Barros assumiu a
secretaria especial da Igualdade Racial, e Rogério Sotilli, a secretaria
especial de Direitos Humanos, na mesma pasta.
Os
novos ministros não discursaram no ato.
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