quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Governador do Tocantins anuncia pacote de mudanças, entre elas a suspensão e nulidade de benefícios concedidos pelo ex governador Sandoval

 
Marcelo Miranda, no centro, reunido com secretariado
Palmas (TO) - O governador Marcelo Miranda (PMDB) se reuniu no final da manhã desta quarta-feira, 11, e em coletiva de imprensa se pronunciou a respeito das medidas que sua gestão deverá tomar na tentativa de reestruturar a saúde financeira do Estado.

Uma das decisões mais polêmicas anunciadas pelo governador foi a anulação e suspensão de atos administrativos do ex-governador Sandoval Cardoso (SD) que concedia promoções e benefícios a servidores públicos estaduais. Os reajustes deveriam valer a partir deste ano, porém o Executivo afirma que não tem condições financeiras de arcar com os compromissos assinados pelo ex-gestor.
Portanto, todos os atos de Sandoval que resultaram no aumento de despesas para a administração estadual e que foram concedidos dentro do prazo de 180 dias antes da posse de Marcelo, foram considerados inválidos, entre eles, estão o realinhamento salarial de policiais civis, delegados e servidores da saúde.
Outra iniciativa do atual governador foi a de suspender benefícios que estariam em desacordo com a legislação vigente.
Sobre o assunto, o secretário de Administração, Gefferson de Oliveira Barros, reiterou que as medidas tomadas pelo governo se deram pela indisponibilidade de recursos para assumir as despesas.
Redução de Gastos
Marcelo Miranda ainda anunciou outras ações que segundo ele, deverão enxugar os custos da máquina pública, entre elas estão: a redução de pastas do governo de 34 para 18 Secretarias, demissão de 8.496 contratos temporários e 1.423 cargos comissionados que devem resultar em uma economia de R$ 62 milhôes de reais nos cofres públicos
Os cortes com despesas gerais como diárias, eventos, terceirização de serviços, locações em geral, com exceção das áreas essenciais como saúde, segurança e educação deverão chegar a 40%.estão no pacote de mudanças no governo que também garantiu que deverá intensificar a fiscalização por parte da Secretaria da Fazenda no que diz respeito à sonegação de impostos para dessa forma, aumentar a arrecadação do Executivo.
Gestão Passada
O governador também informou que adotará medidas administrativas e judiciais para responsabilizar ex-gestores que descumpriram a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), bem como responsabilizar os envolvidos pelo rombo milionário aos cofres do Igeprev, no qual também deverá ser instaurado um processo de investigação.
Segundo o presidente do Igeprev, Jacques Silva, um estudo minucioso está sendo elaborado a fim de identificar as ações e investimentos de risco realizados pela antiga gestão que resultaram em prejuízos financeiros para o Estado. Até agora, o rombo no instituto se aproxima a R$ 1 bilhão, sendo que R$ 260 milhões, irrecuperáveis. “Estamos identificando tudo. O que puder ser revisto e retornado para os cofres do Estado, faremos. Precisamos também identificar as responsabilidades judiciais e punir aqueles que causaram prejuízos para o Tocantins”, afirmou.
Perseguição Política
Ainda na coletiva, o gestor destacou que as ações a serem implementadas não devem ser vistas como perseguição política a nenhum servidor, garantiu que ouvirá as demandas de cada uma das categorias impactadas e argumentou: “Foram decisões difíceis que tivemos que tomar, mas estamos de cabeça erguida e preparados para os desafios que teremos que enfrentar”.

Secom

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