Jogos
Mundiais dos Povos Indígenas reúne integrantes de 30 países
Palmas
(TO) - Parte do teto da Aldeia Okara, onde várias etnias indígenas estão
alojadas para os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, desabou no início da manhã
deste sábado (24), por volta das 6h. De acordo com indígenas que passaram a
noite no local, não houve feridos entre eles. Três funcionárias, no entanto, se
feriram levemente. Duas foram medicadas no local e uma, com ferimentos das
costas e na perna, foi levada a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas já
foi liberada.
Em
nota, o CNE (Comitê Nacional Executivo) dos jogos disse que o Corpo de
Bombeiros e a Defesa Civil apuram as causas do acidente. O CNE disse ainda que
a estrutura será remontada após a realização de perícia. "O café da manhã
dos indígenas foi servido ao ar livre e o almoço será realizado com
kits-refeição que serão servidos em quatro tendas provisórias", destacou o
comunicado.
O
incidente provocou receio entre os competidores. O indígena Kiegewa, da etnia
Bororo Boe, reclamou do ocorrido e disse não se sentir seguro para voltar ao
local mesmo depois de reformado. "Estou me sentindo lesado. Não serviram o
café da manhã e não tem almoço. Queriam nos dar um lanche reforçado no lugar.
Sinceramente, não me sinto seguro de voltar lá", declarou.
Segundo
o líder da etnia Karajá-Xambewá, Edmilson, uma tragédia não aconteceu por muito
pouco. "Às 6h, o refeitório abre. Já tinha uma fila grande na porta para
entrar. Por uma questão de uns cinco minutos não tinha esmagado muita gente lá
dentro, porque os equipamentos de ar-condicionado despencaram. Graças a Deus
não matou ninguém", disse.
Uma
reunião entre caciques e organização definiu que os indígenas vão almoçar em
restaurantes de Palmas. Por volta das 13h, vários indígenas embarcaram em
ônibus e seguiram para o almoço.
Um
carro do Corpo de Bombeiros Militar deixava o local quando foi abordado pela
reportagem. Os militares desconversaram e disseram apenas que "ocorreu um
probleminha que já foi solucionado". Na entrada da Okara, onde a imprensa
é proibida de ultrapassar, um bombeiro civil disse que não estava autorizado a
falar e se recusou a prestar qualquer informação.
Venda
de água proibida
Na
entrada da Okara, ambulantes vendem água, suco e "geladinho", uma
espécie de sorvete no saquinho. Eles reclamam de não poderem ficar no local.
"O pessoal da prefeitura disse que só podemos ficar a dois quilômetros
daqui, que não podemos vender aqui. A dois quilômetros, no meio do mato, eu vou
vender para quem?", reclamou o ambulante Matias Rodrigues.
Rodrigues
alega que não está prejudicando ninguém com as vendas. "Os índios estão
comprando com a gente e reclamam quando não estamos". Durante a
permanência da reportagem no local, sob forte calor, vários índios compraram o
"geladinho" de Matias e de seu colega. Matias se queixa ainda de ter
sua mercadoria apreendida quando é surpreendido pela Guarda Municipal ou por
fiscais da prefeitura.
Índios raça maltratada, não respeitam mesmo os direitos deles e na maioria das vezes nem os tratam como gente, preconceito que índio é bicho ainda prevalece.
ResponderExcluirÉ sempre assim...
Pessoas simples são barradas prejudicadas. Imprensa proibida e por aí vão inúmeras questões e ainda ousam dizer: PAÍS LIVRE!
É o Brasil!
Eu! Leilinha